segunda-feira, 6 de abril de 2020

A Indústria Têxtil no Ceará

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Saiba tudo sobre a produção têxtil no Ceará6 min read

A importância do setor têxtil na atualidade é enorme, pois as roupas estão relacionadas a fatores que vão desde a cultura até a psicologia do ser humano. O tipo de vestimenta utilizado pode determinar a região em que o indivíduo vive, sua classe social, a profissão, os relacionamentos, o biótipo, as crenças religiosas ou até mesmo a forma de pensar e agir.
O Nordeste reúne uma enorme área têxtil, com mais de 50 municípios, e tem grande participação no crescimento do setor no Brasil. Trata-se da segunda maior região em importância, perdendo apenas para o Sudeste. Entre os 50 municípios, 20 estão situados no Ceará, que é destaque nos ramos do algodão e do artesanato. O estado também faz sucesso na moda, lançando grandes tendências com frequência.
Quer saber mais sobre o assunto? Então, continue conosco! Neste conteúdo, abordaremos tudo o que é preciso saber sobre a produção têxtil no Ceará.

Qual é o panorama do setor têxtil no Brasil?

A produção de tecidos é importante não apenas pelas roupas, as quais o homem social não vive sem, mas também pela produção de artigos em geral. Os domésticos (roupas de cama, tapetes, cortinas, estofados e panos de prato ou chão) e de aplicação técnica (cintos de segurança, lonas, airbags, entre outros) são alguns dos exemplos.
No Brasil, a produção têxtil é um dos setores que têm a maior expectativa de crescimento em 2019. De acordo com dados da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), após uma queda de 2% em 2018, o setor não só vai se recuperar em 2019 como também crescerá mais 3%.

O que o estado do Ceará representa na indústria têxtil brasileira?

Como dissemos, o Nordeste é a segunda maior região em produção têxtil no Brasil, sendo o Ceará o estado que mais agrupa municípios envolvidos com a atividade. O aumento da exportação de seus produtos e o lançamento de criações o tornam um grande centro dinâmico da moda.
Apesar de ter mais de 120 anos de história no setor da indústria têxtil, o recente crescimento do poder de consumo da população nordestina (e, mais especificamente, cearense) sem dúvidas é determinante para esse cenário.

Quais são as principais atividades do polo têxtil cearense?

As atividades de uma produção têxtil podem ser divididas em dois patamares: fabricação e confecção. A fabricação envolve as seguintes fases:
  • preparação;
  • tecelagem;
  • acabamentos.
Já a confecção inclui apenas duas etapas: confecção de artigos de vestuário e acessórios; fabricação de artigos de malharia e tricô. Essas atividades, apesar de toda a padronização envolvida, evoluem de acordo com as descobertas em tecnologia e sustentabilidade no setor.

As novas tecnologias no setor têxtil

As tecnologias descobertas na área são inúmeras. A mais famosa delas é a Nanotecnologia, que trata da manipulação de matérias em dimensões cada vez menores.
Dessa forma, fibras e fios passam a ter microdimensões, o que facilita a manipulação e a formação do design dos tecidos, além de proporcionar um melhor caimento. Também existem outras vantagens, como a função repelente e antibacteriana, o controle térmico e da absorção de líquidos e a proteção ultravioleta.
Mais uma inovação tecnológica é a introdução de componentes digitais capazes de responder a condições de temperatura, cor e, até mesmo, som nos tecidos. A criação de barreiras térmicas para roupas esportivas e métodos de controle de insalubridade nos uniformes dos funcionários de áreas de risco são outras novidades desse tipo de tecnologia.

As práticas sustentáveis que vêm sendo utilizadas

As soluções de baixo impacto ambiental são empregadas no maquinário, na forma de energia e nos métodos de produção. Já que a área têxtil emite muitos poluentes, é preciso todo um cuidado para que essa emissão seja reduzida.
Um exemplo está na aplicação de processos biológicos na fase do tingimento, que conseguem reduzir bastante o consumo de água e energia elétrica. Outro ponto é a procura por tecidos orgânicos, além do reaproveitamento de materiais por meio da reciclagem.
A precisão e a rapidez das máquinas modernas contribuem bastante para a redução dos custos de produção, tornando-a sustentável em termos financeiros. Logo, a inovação tecnológica tem um grande peso também nas práticas sustentáveis, por possibilitar a criação de equipamentos que proporcionam a velocidade e a objetividade necessária.

Quais são as tendências da indústria têxtil do estado?

Não é um exagero dizer que, em breve, haverá roupas que se comunicam, ouvem e enxergam. Enquanto isso não acontece, o setor tende a:
  • tornar-se mais sustentável;
  • modernizar o mercado;
  • investir na área de serviços;
  • apostar na reciclagem;
  • personalizar produtos;
  • investir nos serviços de publicidade e marketing;
  • ampliar o número de consumidores;
  • inovar os recursos tecnológicos.
aumento do número de tendências é um fator que depende bastante do produtor e empreendedor interessado. A procura por eventos na área (seminários, workshops, feiras etc.), informações sobre o assunto e investimento em networking favorece bastante o surgimento de tendências.

Quais são os pontos fortes do setor no Ceará?

Por fim, a indústria têxtil no estado do Ceará reúne uma série de pontos fortes, tais como:
  • geração de empregos (envolvendo mais de 200 mil pessoas na região);
  • desenvolvimento do mercado local;
  • dedicação praticamente exclusiva ao setor;
  • produção pulverizada, ou seja, de vários produtores;
  • contribuição para a redução das desigualdades sociais e econômicas da região e, por tabela, do país;
  • construção de uma área em potencial para clientes de outras regiões.
Portanto, após a exposição da representatividade, das principais atividades, das novas tecnologias, das práticas sustentáveis, das tendências e dos pontos fortes da produção têxtil no Ceará, é possível concluir que o investimento na compra de tecidos (e até na instalação de novas fábricas no estado) é uma excelente opção.
Gostou de descobrir o que é preciso saber sobre o polo de produção têxtil no Ceará? Então, não deixe de assinar a nossa newsletter e aprender muito mais!
















domingo, 5 de abril de 2020

Fichário em cartonagem: passo a passo

Neste passo a passo, você vai ver como é fácil fazer esse lindo fichário em cartonagem. Claudia explica cada detalhe e ainda dá uma dica sensacional para o acabamento do cantinho do fichário. Não perca, confira no vídeo abaixo:





Lista de materiais

  • Capas externas: papel Holler 28 x 31cm (2x)
  • Lombada: papel Holler 5,5 x 31cm (1x)
  • Bases internas, bolso e fichário: papel Holler 27 x 30,5cm (2x)
  • Acabamento da lombada: papel duplex 5,2 x 30,5cm (1x)
  • Bolso interno: papel duplex 14 x 30,5cm (1x)
  • tecido 100% algodão: 80 x 40cm para a peça maior
  • base de corte
    Claudia Wada mostra seu fichário em cartonagem
    Claudia Wada mostra seu fichário em cartonagem
  • cortador circular
  • gabaritos de encadernação
  • fio de cabelo
  • estilete
  • cola branca
  • espátula de plástico
  • pincel
  • rolinho de espuma
  • ferragem para fichário
  • rebites
  • ferramenta para furar e fixar rebites





terça-feira, 31 de março de 2020

Processo de Fiação Formação Têxtil/link para o site baixe o ebook


Processos de fiação - fibras naturais ou descontínuas



Fiação de fibras descontínuas: fio fiado
Fibras curtas
Fibras longas

Fiação de fibras curtas
Processos mais usados no Brasil:
Fiação a rotor
Fios Open-End
Fiação convencional (fiação a anel)
Fio cardados
Fios penteados
Outro processo: Fiação a ar (Jet Spinner).

Fiação de fibras longas

Processo mais usado no Brasil: Fiação convencional (fiação a anel)
Fio cardados
Fios penteados. LOBO (2014).

De acordo com Ribeiro (1984), a fiação convencional (filatório de anéis) do algodão segue as seguintes etapas:

Máquina ou Setor: Sala de abertura.

Finalidade: Abrir; limpar; misturar; uniformizar o peso/unidade de comprimento.

Produto de Saída: Rolo de manta ou flocos.

















 Abertura de fardos de algodão




Máquina ou Setor: Carda
Finalidade: Abrir; limpar; cardar (separa as fibras quase que individualmente, colocando-as lado a lado);  estirar (afinar o produto).
Produto de Saída: Fita de carda.
Fita de carda


Máquina ou Setor: Passador.
Finalidade: Uniformizar o peso/unidade de comprimento; estirar (afinar o produto, paralelizando as fibras); misturar.
Produto de Saída: fita de passador.
Exemplo de passador


Setor: Setor de Penteagem
Máquinas: Reunideira; Laminadeira; Penteadeira.
Finalidade: Uniformizar o peso/unidade de comprimento; estirar (afinar o produto, paralelizando as fibras); misturar.
Produto de Saída: Rolo de reunideira; rolo de laminadeira; fita de penteadeira.
Penteadeira Rieter



Máquina ou Setor: Maçaroqueira.

Finalidade: Estirar (afinar o produto, paralelizando as fibras); torcer (aplicação de uma pequena torção para que possa ser enrolado e desenrolado).

Produto de Saída: Pavio.






Máquina ou Setor: Filatório

Finalidade: Estirar; paralelizar; torcer (aplicação de torção final ao produto singelo)
Produto de Saída: fio singelo.

Máquina ou Setor: Conicaleira.
Finalidade: Transferir o fio para a bobina
Produto de Saída: bobina.

Máquina ou Setor: Retorcedeira.
Finalidade: Unir dois ou mais fios.
Produto de Saída: fio retorcido.


Fiação Open-End: Processo mais curto de obtenção de fios

Máquina ou Setor: Open-End
Finalidade: Abrir; limpar; estirar; torcer.
Produto de Saída: fio singelo.
Fiação a rotor/Open-End


De acordo com Lobo (2014), estas são as vantagens da fiação por rotor:
Dentre os métodos não convencionais é o mais usado.
Melhor desempenho com fibras curtas.
Por não passar pela maçaroqueira e pela conicaleira, simplifica e diminui o processo.
Ocupa menos espaço.
Maior volume do fio.
Produz cinco vezes mais que a fiação convencional.
Desvantagens da fiação por rotor:
Custo maior da máquina.
Toque áspero do fio.
Fios mais rebeldes.
 
Há também uma resistência menor do fio, de aproximadamente 20%.

Referências:
LOBO, Renato Nogueirol. Fundamentos da Tecnologia Têxtil: da concepção da fibra ao processo de estamparia. São Paulo: Érica, 2014.
RIBEIRO, Luiz Gonzaga. Introdução a Tecnologia Têxtil. Rio de Janeiro: SENAI/CETIQT, 1986, V.I.
SENAI. Departamento Regional de São Paulo. Tecnologia dos processos têxteis. São Paulo: SENAI, Dep. Regional de São Paulo, 2015.